terça-feira, 15 de novembro de 2016

Literatura e Sociedade - Atualidade

Literatura e Sociedade - Atualidade

A Literatura é uma das formas mais próximas de um indivíduo para que esse cresça em sua intelectualidade e cultura. Através dos livros nos é possível adquirir conhecimento e cultura sobre qualquer época ou lugar em nosso mundo. Devido a isso, podemos dizer que a Literatura caminha lado a lado com a história, pois através dos livros os autores mostram vários aspectos de um povo, nação ou continente.
http://professorvallim.blogspot.com.br/

GERAÇÃO DE 1945
A geração de 1945 corresponde a um dos mais importantes e produtivos momentos da Literatura brasileira. Também conhecida como terceira geração modernista, surgiu em um contexto histórico interessante, o que propiciou uma experiência literária voltada para a questão estética.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrubada da ditadura de Getúlio Vargas, a geração de 1945, em virtude de um contexto de relativa tranquilidade política, foi marcada pela busca da pesquisa estética, sobretudo a pesquisa em torno da própria linguagem literária. Caminhando em direção à experimentação, os autores da geração de 1945 vislumbraram outras possibilidades temáticas, deixando em segundo plano as preocupações políticas, ideológicas e culturais que marcaram a geração de 1930.
Nesse cenário, marcado pela Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética e, no Brasil, pelo governo de Juscelino Kubitschek, surgiram os primeiros escritores que exploraram na prosa e na poesia a forma literária, apresentando o resultado de suas pesquisas estéticas ao abordar conteúdos inovadores. Desse período da história contemporânea de nossa literatura brasileira, podemos destacar os seguintes nomes: João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, João Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, Lygia Fagundes Telles e Mario Quintana.

Pós-Modernismo
O Pós-Modernismo ou a Pós-Modernidade (ou ainda movimento pós-industrial) é um processo contemporâneo de mudanças significativas nas tendências artísticas, filosóficas, sociológicas e científicas que surgiram após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e o movimento Modernista.
Nas últimas décadas, a cultura brasileira vivenciou um período de acentuado desenvolvimento tecnológico e industrial. Entretanto, neste mesmo período ocorreram diversas crises no campo político e social.
Os anos 60 (época do governo democrático populista de J.K.) foram repletos de uma verdadeira euforia política e econômica, com amplos reflexos culturais: Bossa Nova, Cinema Novo, teatro de Arena, as Vanguardas, e a Televisão.
A crise desencadeada pela renúncia do presidente Jânio Quadros e o golpe militar que derrubou João Goulart colocaram fim nessa euforia, estabelecendo um clima de censura e medo no país (promulgação do AI-5; fechamento do Congresso; jornais censurados, revistas, filmes, músicas; perseguição e exílio de intelectuais, artistas e políticos). A cultura precisou usar disfarces, ou recuar.
A conquista do tricampeonato mundial de futebol, em 1970, foi capitalizada pelo regime militar e uma onda de nacionalismo ufanista espalhou-se por todo o país, alienando as mentes e adormecendo a consciência da maioria da população por um bom período de tempo: "Brasil - ame-o ou deixe-o". A cultura marginalizou-se.
Em 1979, um dos primeiros atos do presidente Figueiredo foi sancionar a lei da anistia, permitindo a volta dos exilados. Esse ato presidencial fez o otimismo e esperança renascerem naqueles que discordavam da política praticada pelos militares daquele período.
Na década de 80 inicia-se uma mobilização popular pela volta das eleições diretas, que só veio a concretizar-se em 89, com a posse de Fernando Collor de Mello, cassado em 1991.
Em 1995, tivemos a eleição e posse do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Principais Características
Diante disso, as principais características do movimento pós-moderno são a ausência de valores e regras, a imprecisão, o individualismo, a pluralidade, a mistura do real e do imaginário (hiper-real), a produção em série, a espontaneidade e a liberdade de expressão.
Oposto ao modernismo, racionalismo, ciência e aos valores burgueses, podemos considerar o pós-modernismo como uma combinação de várias tendências que vigora até hoje nas artes (plásticas, arquitetura, literatura), filosofia, política e no âmbito social.
De tal modo, nas artes, o pós-modernismo foca na multiplicidade e mistura de estilos, não existem mais compartimentos de gêneros, ou mesmo a formalidade aplicada nas artes, bem como nos âmbitos social e cultural.
Por mais que essa era tecnológica e a expansão da homogeneização da globalização tem demostrado a produção em série dos produtos, o pós-modernismo é uma nova tendência que mescla tudo, demostrando assim a nova vida do homem pós-moderno que é bombardeado de informações, sendo assim, baseada na efemeridade, narcisismo e no hedonismo, ou na busca incessante do prazer.
De tal maneira, surge a época das incertezas, do vazio e do niilismo, donde o “e” e não mais o “ou” determinará os diversos campos, ou seja, podemos gostar de música sertaneja e pop ao mesmo tempo, ou ainda de arte figurativa e abstracionista. Essa nova mentalidade confere a pós-modernidade uma fragmentação estilística, ao mesmo tempo que explora a pluralidade, mesclando vários estilos.

Arte Pós-Modernista
A arte pós-modernista é uma arte essencialmente eclética, híbrida e sem hierarquizações. Nesse sentido, é considerada uma antiarte, de forma que explora o lúdico, o humor, a metalinguagem, a pluralidade de gêneros, a polifonia, a intertextualidade, a ironia, as fragmentações e desconstruções de princípios e valores, com foco no cotidiano banalizado.
A "espetacularização" (grosso modo, tornar espetáculo), mencionada por muitos críticos, é uma tendência aplicada não somente às artes, mas também na cultura pós moderna.
Podemos verificar essa “espetacularização” com a avanço dos meios de comunicação e da era digital, onde o simulacro torna-se real, mesmo não sendo. Em outras palavras, o simulacro substitui a própria realidade. Por fim, diferente da arte moderna, a arte pós-moderna preza a participação e interação do público.

O Conto e a Crônica
A partir dos anos 70, houve uma verdadeira explosão editorial do conto e da crônica, por serem narrativas curtas, condensadas, e atenderem à necessidade de rapidez do mundo moderno. Novas dimensões foram introduzidas no conto tradicional: subversão da sequência narrativa, interiorizarão do relato, colagem de flashes e imagens, fusão entre poesia e prosa, evocação de estados emocionais.
A crônica, texto ligeiro, de interpretação imediata, com flagrantes do cotidiano, também passou a agradar o leitor, tornando-se popular.

Autores e Obras contemporâneas
Luiz Ruffato: Eles eram muitos Cavalos; Mamma, son tanto Felice; Vista Parcial da Noite; De mim já nem se Lembra; O Livro das Impossibilidades.
Marcelino Freire: EraOdito; Angu de Sangue; Contos Negreiros; Rasif - Mar que Arrebenta; Amar é Crime; BaléRalé.
Marçal Aquino: O Invasor; Cabeça a Prêmio; Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios; O Amor e outros Objetos Pontiagudos; As Fomes de Setembro; Abismos; O Mistério da Cidade-Fantasma; A Turma da Rua Quinze.
Rubem Fonseca: A Coleira do Cão; O Cobrador; Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos; Agosto.
Nelson Rodrigues: Engraçadinha; O Casamento; Asfalto Selvagem; Cem Contos Escolhidos – A Vida Como Ela é...; Meu Destino é Pecar; Núpcias de Fogo; Escravas do Amor.
Ariano Suassuna: O Castigo da Soberba; O Rico Avarento; Auto da Compadecida; O Santo e a Porca; A Pena e a Lei.
Luís Fernando Veríssimo: O Analista de Bagé; O Popular; Ed Mort e Outras Histórias; A Velhinha de Taubaté; O Santinho; O Jardim do Diabo; Comédias da Vida Pública; Gula – O Clube dos Anjos.
Bernardo Carvalho: Aberração; Onze; Teatro; Medo de Sade; Nove Noites; Mongólia; O Sol se põe em São Paulo; O Filho da Mãe; Os Bêbados e os Sonâmbulos.
Adélia Prado: Solte os Cachorros; O Homem da Mão Seca; Manuscritos de Filipa; Palavra de Mulher; Contos Mineiros; Poesia Reunida; Prosa Reunida; A Imagem Refletida.
Milton Hatoum: Relato de um certo Oriente; Dois Irmãos; Cinzas do Norte; Órfãos do Eldorado; A Cidade Ilhada; Varandas da Eva.
Nélida Piñon: Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo; Madeira Feita de Cruz; A Casa da Paixão; A Doce Canção de Caetana; Vozes do Deserto; Coração Andarilho; Tempo das Frutas; Até Amanhã, Outra Vez; A Roda do Vento; Aprendiz de Homero.

Fontes de pesquisa
www.escritoresbrasileiros.info/mos/view/Escritores_Brasileiros_Contempor%C3%A2neos/



"Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado dos amigos, com certeza, vai mais longe."

Nenhum comentário:

Postar um comentário