Literatura
e Sociedade - Atualidade
A
Literatura é uma das formas mais próximas de um indivíduo para que esse cresça
em sua intelectualidade e cultura. Através dos livros nos é possível adquirir
conhecimento e cultura sobre qualquer época ou lugar em nosso mundo. Devido a
isso, podemos dizer que a Literatura caminha lado a lado com a história, pois
através dos livros os autores mostram vários aspectos de um povo, nação ou
continente.
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GERAÇÃO DE 1945
A geração de 1945 corresponde a um dos mais importantes e produtivos
momentos da Literatura brasileira. Também conhecida como terceira geração
modernista, surgiu em um contexto histórico interessante, o que propiciou uma
experiência literária voltada para a questão estética.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrubada da ditadura de
Getúlio Vargas, a geração de 1945, em virtude de um contexto de relativa
tranquilidade política, foi marcada pela busca da pesquisa estética, sobretudo
a pesquisa em torno da própria linguagem literária. Caminhando em direção à
experimentação, os autores da geração de 1945 vislumbraram outras
possibilidades temáticas, deixando em segundo plano as preocupações políticas,
ideológicas e culturais que marcaram a geração de 1930.
Nesse cenário, marcado pela Guerra Fria entre Estados Unidos e União
Soviética e, no Brasil, pelo governo de Juscelino Kubitschek, surgiram os
primeiros escritores que exploraram na prosa e na poesia a forma literária,
apresentando o resultado de suas pesquisas estéticas ao abordar conteúdos
inovadores. Desse período da história contemporânea de nossa literatura
brasileira, podemos destacar os seguintes nomes: João Cabral de Melo Neto,
Clarice Lispector, João Guimarães Rosa, Ariano Suassuna, Lygia Fagundes Telles
e Mario Quintana.
Pós-Modernismo
O Pós-Modernismo ou a Pós-Modernidade (ou ainda movimento
pós-industrial) é um processo contemporâneo de mudanças significativas nas
tendências artísticas, filosóficas, sociológicas e científicas que surgiram
após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e o movimento Modernista.
Nas últimas décadas, a cultura brasileira vivenciou um período de
acentuado desenvolvimento tecnológico e industrial. Entretanto, neste mesmo
período ocorreram diversas crises no campo político e social.
Os anos 60 (época do governo democrático populista de J.K.) foram
repletos de uma verdadeira euforia política e econômica, com amplos reflexos
culturais: Bossa Nova, Cinema Novo, teatro de Arena, as Vanguardas, e a
Televisão.
A crise desencadeada pela renúncia do presidente Jânio Quadros e o
golpe militar que derrubou João Goulart colocaram fim nessa euforia,
estabelecendo um clima de censura e medo no país (promulgação do AI-5;
fechamento do Congresso; jornais censurados, revistas, filmes, músicas;
perseguição e exílio de intelectuais, artistas e políticos). A cultura precisou
usar disfarces, ou recuar.
A conquista do tricampeonato mundial de futebol, em 1970, foi
capitalizada pelo regime militar e uma onda de nacionalismo ufanista espalhou-se
por todo o país, alienando as mentes e adormecendo a consciência da maioria da
população por um bom período de tempo: "Brasil - ame-o ou deixe-o". A
cultura marginalizou-se.
Em 1979, um dos primeiros atos do presidente Figueiredo foi sancionar
a lei da anistia, permitindo a volta dos exilados. Esse ato presidencial fez o
otimismo e esperança renascerem naqueles que discordavam da política praticada
pelos militares daquele período.
Na década de 80 inicia-se uma mobilização popular pela volta das
eleições diretas, que só veio a concretizar-se em 89, com a posse de Fernando
Collor de Mello, cassado em 1991.
Em 1995, tivemos a eleição e posse do presidente Fernando Henrique
Cardoso.
Principais Características
Diante disso, as principais características do movimento pós-moderno
são a ausência de valores e regras, a imprecisão, o individualismo, a
pluralidade, a mistura do real e do imaginário (hiper-real), a produção em
série, a espontaneidade e a liberdade de expressão.
Oposto ao modernismo, racionalismo, ciência e aos valores burgueses,
podemos considerar o pós-modernismo como uma combinação de várias tendências
que vigora até hoje nas artes (plásticas, arquitetura, literatura), filosofia,
política e no âmbito social.
De tal modo, nas artes, o pós-modernismo foca na multiplicidade e
mistura de estilos, não existem mais compartimentos de gêneros, ou mesmo a
formalidade aplicada nas artes, bem como nos âmbitos social e cultural.
Por mais que essa era tecnológica e a expansão da homogeneização da
globalização tem demostrado a produção em série dos produtos, o pós-modernismo
é uma nova tendência que mescla tudo, demostrando assim a nova vida do homem
pós-moderno que é bombardeado de informações, sendo assim, baseada na
efemeridade, narcisismo e no hedonismo, ou na busca incessante do prazer.
De tal maneira, surge a época das incertezas, do vazio e do niilismo,
donde o “e” e não mais o “ou” determinará os diversos campos, ou seja, podemos
gostar de música sertaneja e pop ao mesmo tempo, ou ainda de arte figurativa e
abstracionista. Essa nova mentalidade confere a pós-modernidade uma
fragmentação estilística, ao mesmo tempo que explora a pluralidade, mesclando
vários estilos.
Arte Pós-Modernista
A arte pós-modernista é uma arte essencialmente eclética, híbrida e
sem hierarquizações. Nesse sentido, é considerada uma antiarte, de forma que
explora o lúdico, o humor, a metalinguagem, a pluralidade de gêneros, a
polifonia, a intertextualidade, a ironia, as fragmentações e desconstruções de
princípios e valores, com foco no cotidiano banalizado.
A "espetacularização" (grosso modo, tornar espetáculo),
mencionada por muitos críticos, é uma tendência aplicada não somente às artes,
mas também na cultura pós moderna.
Podemos verificar essa “espetacularização” com a avanço dos meios de
comunicação e da era digital, onde o simulacro torna-se real, mesmo não sendo.
Em outras palavras, o simulacro substitui a própria realidade. Por fim,
diferente da arte moderna, a arte pós-moderna preza a participação e interação
do público.
O Conto e a Crônica
A partir dos anos 70, houve uma verdadeira explosão editorial do conto
e da crônica, por serem narrativas curtas, condensadas, e atenderem à
necessidade de rapidez do mundo moderno. Novas dimensões foram introduzidas no
conto tradicional: subversão da sequência narrativa, interiorizarão do relato,
colagem de flashes e imagens, fusão entre poesia e prosa, evocação de estados
emocionais.
A crônica, texto ligeiro, de interpretação imediata, com flagrantes do
cotidiano, também passou a agradar o leitor, tornando-se popular.
Autores e Obras contemporâneas
Luiz Ruffato: Eles eram
muitos Cavalos; Mamma, son tanto Felice; Vista Parcial da Noite; De mim já nem
se Lembra; O Livro das Impossibilidades.
Marcelino Freire: EraOdito;
Angu de Sangue; Contos Negreiros; Rasif - Mar que Arrebenta; Amar é Crime;
BaléRalé.
Marçal Aquino: O Invasor;
Cabeça a Prêmio; Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios; O Amor
e outros Objetos Pontiagudos; As Fomes de Setembro; Abismos; O Mistério da
Cidade-Fantasma; A Turma da Rua Quinze.
Rubem Fonseca: A Coleira do
Cão; O Cobrador; Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos; Agosto.
Nelson Rodrigues:
Engraçadinha; O Casamento; Asfalto Selvagem; Cem Contos Escolhidos – A Vida
Como Ela é...; Meu Destino é Pecar; Núpcias de Fogo; Escravas do Amor.
Ariano Suassuna: O Castigo
da Soberba; O Rico Avarento; Auto da Compadecida; O Santo e a Porca; A Pena e a
Lei.
Luís Fernando Veríssimo: O
Analista de Bagé; O Popular; Ed Mort e Outras Histórias; A Velhinha de Taubaté;
O Santinho; O Jardim do Diabo; Comédias da Vida Pública; Gula – O Clube dos
Anjos.
Bernardo Carvalho:
Aberração; Onze; Teatro; Medo de Sade; Nove Noites; Mongólia; O Sol se põe em
São Paulo; O Filho da Mãe; Os Bêbados e os Sonâmbulos.
Adélia Prado: Solte os
Cachorros; O Homem da Mão Seca; Manuscritos de Filipa; Palavra de Mulher;
Contos Mineiros; Poesia Reunida; Prosa Reunida; A Imagem Refletida.
Milton Hatoum: Relato de um
certo Oriente; Dois Irmãos; Cinzas do Norte; Órfãos do Eldorado; A Cidade
Ilhada; Varandas da Eva.
Nélida Piñon: Guia-Mapa de
Gabriel Arcanjo; Madeira Feita de Cruz; A Casa da Paixão; A Doce Canção de
Caetana; Vozes do Deserto; Coração Andarilho; Tempo das Frutas; Até Amanhã,
Outra Vez; A Roda do Vento; Aprendiz de Homero.
Fontes de pesquisa
www.escritoresbrasileiros.info/mos/view/Escritores_Brasileiros_Contempor%C3%A2neos/"Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado dos amigos, com certeza, vai mais longe."
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